ACORDA ZÉ! A Comadre tá de pé!

Release

ACORDA ZÉ! A Comadre tá de pé! é um espetáculo farsesco que mergulha no universo cultural brasileiro, fazendo um paralelo entre alguns tipos populares da nossa cultura e personagens da Commedia dell‘Arte.  O espetáculo conta a epopeia de Zé-di-Riba, um personagem Malazarteano, “contador de causos”, que inventa estórias cheias de vantagens e presepadas para se livrar de “fazer servicinho para os outros”.

Maria, mulher de Zé-di-Riba, escuta na rádio a notícia de um eclipse. Assustada com as crendices de mau agouro corre para contar a seu marido sobre o estranho acontecimento, mas encontra-o deitado na rede, na sua preguiça de sempre. Zé aproveita a oportunidade para contar uma estória fabulosa, enrolando Maria em mais um de seus “causos”. Quando o dia escurece, Zé é premiado com mais uma noite. Sonha que vai procurar emprego na fazenda do “Coroné” Leitão, cujo capataz-Conselheiro é seu arquirival.

Sonho e realidade se fundem transformando tudo num grande pesadelo. Zé, frente a frente com o destino, é colocado em xeque para decidir o curso dessa estória.

Fotos de divulgação e informações técnicas

Fazer download do material do espetáculo ACORDA ZÉ! A comadre tá de pé!

“ACORDA ZÉ!”, para mim, representa a realização de um desejo que vem desde 1992. Naquela época, eu e Erika, pesquisando a máscara teatral, elaboramos o primeiro roteiro deste espetáculo dando início a um trabalho com tipos populares brasileiros, fazendo algumas comparações com os “tipos” e gênero da Commedia dell’Arte. Tivemos como referência os contos populares registrados por Câmara Cascudo, Silvio Romero, a literatura de cordel, alguns escritos de Ariano Suassuna, as festas populares tradicionais desse “Brasilzão de meu Deus”, os causos e estórias de trancoso que ouvi na minha infância e, claro, toda a cultura nordestina que faz parte do meu DNA. Foi nesse mesmo período que conhecemos o Donato Sartori e Paola Piizzi e, conversando sobre nossas ideias, recebi deles orientações técnicas para a confecção da máscara do Zé-di-Riba, inspirado no Arlequim. A partir daí, sucederam-se muitos outros encontros em que refletimos e experimentamos metodologias de vários estilos de máscara teatral. Parecia termos descoberto uma mina preciosa onde tínhamos de ser ao mesmo tempo garimpeiros e artífices deste ofício. Aos poucos, fomos percebendo que a linguagem da máscara é uma mistura de princípios dos vários segmentos da arte que, evidentemente, ficou sendo a principal fonte do nosso fazer teatral. Sem sombra de dúvidas, isso já era uma tarefa que precisava de muita dedicação, mas o maior desafio deste projeto, no que diz respeito a montagem do espetáculo, vinha sendo adiado para dividir com todos que passavam a fazer parte do Moitará. Embora fosse uma função de muito labor, minha satisfação era saber que isso significaria um crescimento artístico e pessoal para todos do Grupo. Com a feliz surpresa do patrocínio da Eletrobrás, tivemos de agir com rapidez e concentrar toda nossa atenção na produção do espetáculo. Retomamos nossas conversas com Paola e Sartori, ficando ele responsável pela criação das outras máscaras. Eu ainda precisava escrever o texto ao mesmo tempo em que os atores iam se preparando para as exigências do trabalho. A minha proposta era que todos participassem das discussões, contribuindo em tudo para a criação do espetáculo e foi nesse exercício de generosidades que convencemos o Zé a se levantar da rede para nos contar seu sonho. A intenção era que texto, jogo da máscara, música, luz, cenário e figurino fossem órgãos de um mesmo corpo que falasse a todos, inclusive à Comunidade Surda. Daí veio o compromisso de incluir nos gestos dos personagens a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), fazendo parceria com o Ponto de Cultura “Palavras Visíveis” e criando uma simbiose do artístico com o social. Quem sabe assim, unindo o real com o imaginário, “descobriremos no sonho o futuro, inventando um bom porto seguro donde ancorar a esperança”.
• texto, dramaturgia e direção artística | Venício Fonseca
• atores | André Marcos [Conselheiro], Diogo Borges [Brincante e Sonorizações], Erika Rettl [Maria e Rei], Fabiano Manhães [Zé-di-Riba], Mariana Bernardes Baltar [Moça Caetana] e Venício Fonseca [Brincante] • coordenação geral | Grupo Teatral Moitará
• roteiro | Venício Fonseca e Erika Rettl
• equipe de colaboração do texto | Mauro Menezes, Diogo Borges e Eber Inácio
• assistência de direção | Erika Rettl e Diogo Borges
• máscaras (Maria, Conselheiro e Rei) | Donato Sartori e Centro Maschere e Strutture Gestuali
• máscara (Zé-di-Riba) | Venício Fonseca pintura | Donato Sartori e Centro Maschere e Strutture Gestuali
• direção musical, composições, arranjos e trilha sonora | Mauro Menezes
• desenho de luz e adereço de luz | Djalma Amaral
• cenário e figurino | Carlos Alberto Nunes
• preparação dos atores com a linguagem da máscara teatral | Erika Rettl e Venício Fonseca
• arranjo de rabeca | Beto Lemos
• locução rádio | Mauro Menezes
• gravação sonoplastia | Oyama Sans
• música “Bolero da Caetana” | Alba Lírio [voz], Fáthima Rodrigues [acordeom], Mauro Menezes [violão], Pedro Moita [caixa sinfônica] e Ramon Murcia [flauta e percussão] • preparação musical
• educação vocal | Alba Lírio
• musicalização e ritmo | Bethi Albano
• acordeom | Fáthima Rodrigues
• rabeca | Beto Lemos
• flauta e pandeiro | Ramon Murcia
• assistente de iluminação | Adriana Milhomem
• montagem de luz | Wivison Alves Pereira e Paulo Inácio dos Santos
• operadora de luz | Elisa Tandeta
• adereços | Carlos Alberto Nunes, Arlete Rua, Thais Boulanger, Manoel Puoci e Nilton Katayama
• figurinista assistente / adereço de figurinos | Arlete Rua e Thais Boulanger
• cenógrafo assistente | Manoel Puoci
• bonecos | Márcio Newlands
• pintura de arte do cenário | Nilton Katayama
• criação de perucas e maquiagem | Mona Magalhães
• confecção da peruca (Moça Caetana) | Raquel Oliveira
• design gráfico | Marcos Corrêa
• web design | Giuliano Lima
• operador de som | Diogo Borges
• contrarregra | Álvaro de Souza
• execução do cenário | Humberto Silva e equipe
• execução dos figurinos | Marisa Mota, Nilce Maldonado, Odette Rueda, Teresa Pontes, Vera Pontes e Vera Gerhardt
• fotógrafo | Celso Pereira
• registro áudio visual | Adelino Matias de Carvalho, Luis Maciel e Venício Fonseca
• assessoria de imprensa | Mônica Riani
• tradução dos textos de Donato Sartori e Paola Piizzi | Patrícia Furtado de Mendonça
• coordenação de produção | Grupo Teatral Moitará
• produção | Cristiane Guimarães
• pré-produção e prestação de contas | Mônica Behague
• assistentes de produção | Camila Martins e Vanessa Lobo
Como uma das dez maiores incentivadoras da cultura brasileira, a Eletrobrás conhece a importância da continuidade para o desenvolvimento de um trabalho artístico de qualidade. Desde a sua criação, em 1962, são 47 anos de investimento na energia elétrica, mas também de apoio a esta que é a mais forte energia do Brasil: o povo brasileiro, sua arte e suas mais variadas formas de expressão.

No teatro, arte em que a empresa tem concentrado suas ações de patrocínio ao longo dos anos, a possibilidade de um trabalho contínuo é saudada por diretores, atores e dramaturgos como chance de aprofundar a experimentação e ampliar os próprios limites, produzindo resultados cada vez mais profícuos.

Ao lançar o Programa Eletrobrás de Cultura, no final de 2008, a Eletrobrás deu mais um passo para consolidar sua tradição de apoio ao teatro brasileiro, garantindo continuidade, mais transparência e maior democratização no acesso aos recursos oferecidos. E, nessa história em que mais apoio se reflete em mais qualidade, e mais qualidade resulta em novos bons projetos a serem apoiados, contar com um trabalho do Grupo Moitará entre os selecionados é uma feliz coincidência.

Em 22 anos de trabalho conjunto, o Moitará vem investindo na pesquisa cênica da linguagem teatral com a máscara. Em “ACORDA ZÉ! A Comadre tá de Pé!”, o Grupo não só confirma a tese de que a continuidade é uma grande aliada da qualidade artística, como investe em tipos essencialmente brasileiros, com referência em ícones de nossa cultura popular, registrados por nomes como Câmara Cascudo, Sílvio Romero e Théo Brandão. Uma mistura bem brasileira, exatamente como a energia da Eletrobrás.

Renata Petrocelli Bezerra Paes
Assessoria de Comunicação da Eletrobrás

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